sábado, 26 de junho de 2010

"Ah, preguiça de recomeçar. Às vezes sinto como se não tivesse mais forças pra tentar tudo novamente, novo emprego, novo amor. Em algum lugar lá dentro eu sei que há um gerador, não só de dor, mas, de vida, querendo funcionar. Ou precisando só de um empurrãozinho pra girar com força. Sim ele está lá, e eu me arrasto pelo chão frio e úmido, me perguntando qual seu combustível e se eu o tenho no bolso para quando me deparar com a máquina poder abastecê-la. Qual será?..."

Estava lendo esse texto meu de 15 de setembro de 2007, e pensei comigo já são quase três anos nesse novo emprego, nesse novo amor que surgiram na minha vida em 2007... Agora, eles se acomodaram, são partes da minha rotina diária. Admito a vocês que esse combustível vêm daquela careta quando vc faz um acorde, ou quando se diz um obrigado depois de horas de fila, vem tbm das suas diversas histórias contadas que me fazem morrer de rir, ou do bombom que me trazem por eu estar muitas vezes distribuindo favores, ou ao me chamarem de Maria, e o que é pior, eu atender hehe, das milhares de coisas que me fazem felizes no trabalho ou no amor, dizendo melhor na vida... Liguei o gerador e fui ver no que ia dar, trilhei caminhos tortos, mas por fim tá tudo certo e aos que gostam de mim eu digo... estou mais do que feliz!!!

Aos amigos, desejo todo o combustível do mundo!!!

Paris Eu te amo: Faubourg Saint-Denis


Trecho de um dos filmes mais bonitos - Paris, je t'aime. "Faubourg Saint-Denis", de Tom Tykwer - Um dos curtas. O que mais gostei. Porque me diz muito. Simplesmente lindo..

"Escuta.

Às vezes a vida exige uma mudança.

Uma transição.

Como as estações.

Nossa primavera foi maravilhosa, mas o verão terminou e deixamos passar o nosso outono.

E agora, de repente, faz frio, tanto frio que tudo se congela.

Nosso amor dormiu e a neve o tomou de surpresa.

E se dormes na neve não sentes vir a morte.

Cuide-se

Adeus!"

"...Deixou Boston e se mudou para Paris. Um pequeno apartamento numa rua de Saint-Denis. Te mostrei meu bairro, meus bares, minha escola. Te apresentei aos meus amigos. Aos meus pais. Te escutei enquanto ensaiava. Tuas canções, tuas esperanças, teus desejos. Tua música. E você escutou a minha. Meu italiano, meu alemão, meu russo. Te emprestei meu walkman e você uma almofada. E um dia, me beijou. O tempo passou. O tempo voou. E tudo parecia tão fácil, tão simples. Livre. Tão novo e único. Fomos ao cinema. Fomos dançar. Fazer compras. Nós rimos. Você chorou. Nadamos, fumamos. Nos rasuramos. De vez em quando, você gritava. Sem razão. Às vezes com razão. Sim, às vezes com razão. Te acompanhei ao conservatório. Estudei para minhas provas. Escutei tuas canções, tuas esperanças, teus desejos. Escutei tua música. E você escutou a minha. Estávamos unidos. Tão unidos, cada vez mais unidos. Fomos ao cinema. Fomos nadar. Nós rimos juntos. Você gritava. Às vezes com razão. Às vezes sem razão. O tempo passou. O tempo voou. Te acompanhei ao conservatório. Estudei para minhas provas. Me escutaste falar em italiano, alemão, russo e francês. Estudei para minhas provas. Você gritava. Às vezes com razão. O tempo passou, sem razão. Você gritava. Sem razão. Estudei para minhas provas. Provas, provas... O tempo passou. Você gritava. Gritava, gritava... Eu fui ao cinema"