sábado, 12 de maio de 2012

Everybody's gotta learn sometimes

Relembra aquela noite de tiros??
A hemorragia linda que causou
Quando tudo está exposto, visceras, tripas, tudo
E você de olho mais aberto que nunca
Nem sabia por onde começar a catar os pedaços
E é de um a um...
Mais fácil do que imaginava
Viu?? Cata assim...
peça por peça e remonta de novo, mas não tampa mais não
Deixa exposto...
Sentir a graça de ser livre quando se pode ver até o osso
Deixa exposto...
Sei que dá vergonha! assumir essa matéria vil de que somos feitos
E você até vil mais um pouco
mas, deixa exposto...
Você vai se acostumar a mostrar o que sente, a sentir o que é
E a mudar de lado cada parte do seu corpo
Um dia nem vai mais sangrar
E aí você pode tampar
E começar tudo de novo!

Luz


Uma luz que invade todo o quarto depois de uma noite mal dormida
De inicio você até pensa que é espaço demais
Que está tendo dificuldade de enxergar o restante
Até pensar parece dificil
Confesso que com reflexos instintivos naturais 
fechei a janela, uma, duas vezes
Queria dormir mais, preferia sonhar do que viver
Mas todo dia de manhã aquela luz invadia mais forte
Chegou a arrombar trincos, quebrar vidros
Numa onda imensa de calor
Que sem controle fez algumas queimaduras, causou um tanto de dor
O passo seguinte foi desistir, deixar que entrasse
Se instalasse, fizesse da minha morada sua residência
E foi até bonito ver a invasão
Quem não viu pode imaginar
Não houve espaço não preenchido
lacuna que restasse
Minha casa, meu coração, minha vida invadida
A partir de então, mantenho a janela sempre aberta
Pra que toda manhã
A luz entre de mansinho, acaricie meu rosto de leve e tome meu coração por mais um dia...