segunda-feira, 7 de maio de 2007

Poema de arquitetura ideal

Observava paisagens de outras épocas
Enquanto remoía seu passado
Seus erros, que cismava serem de outros
A ultima fase verdadeira em sua vida
Foi quando mentiu pra si
O unico jeito de ser feliz
As casas amarelas e azuis, estavam um pouco mais pálidas em seus sonhos de futuro
Não era mais como num filme americano
Nem em ilusões de Dostoievsky
E como era bonito quando via assim...
Quando tudo tinha formas de LSD
Mas, depois que ela foi embora e atendia seus telefonemas apenas por cortesia
Não via mais sentido nas mentiras, nas ilusões
A realidade tinha firmeza de criança descalça
E ele passou a ser um poeta realista que se preocupa com o mundo caduco
Um bosta de poeta...
Pois, só sabia escrever, sem pretensões de esperança
Sem sonhos de alteração
Mas, no fundo, bem lá no fundo
É o que muita gente quer
E ao final de cada leitura
Se via aplaudido de pé.

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